Chef Josué Magalhães: da infância no Ver-o-Peso à criação da Torre de Magalhães

Chef Josué Magalhães (Crédito da foto: arquivo pessoal).

A história do chef Josué Magalhães é marcada por esforço, amor à culinária e um forte elo com suas raízes paraenses. Tudo começou em 1982, quando ele tinha apenas 12 anos e, após o falecimento do pai, passou a acompanhar sua mãe, a chef Antônia, em diversos trabalhos na área da gastronomia. Foi como “degustador oficial” na lanchonete Trópico Lanche, no centro do Ver-o-Peso, que Josué teve seu primeiro salário e contato direto com a cozinha. A partir dali, nunca mais parou.

Crédito da foto: arquivo pessoal.

Com uma trajetória construída ao lado da mãe — que também foi fundadora da cozinha do famoso Roxy Bar, em Belém — Josué passou por diversos restaurantes, como o Capone, o Bistrô Itália, o Marisco da Estação e o Boteco das Janelas. Em 2006, decidiu buscar novos desafios em São Paulo, onde trabalhou em casas renomadas como o restaurante Cascais, concorrente direto do restaurante Sal, do chef Henrique Fogaça. Lá, também formou-se em gastronomia pela Universidade UnG, em Guarulhos.

Crédito da foto: arquivo pessoal.

De volta ao Pará, Josué decidiu consolidar seu sonho de empreender com a Torre de Magalhães, um projeto que ele define como “o berço da gastronomia”, em homenagem à tradição familiar iniciada por sua mãe. O restaurante traz no nome a essência da sua filosofia: respeitar a origem, valorizar a ancestralidade e exaltar os sabores da culinária paraense com um toque contemporâneo. Um exemplo disso é o prato autoral “Delícia da Antônia”, feito com banana da terra, queijo do Marajó, purê de pupunha e farofa de camarão — uma homenagem à matriarca da família.

Jhon Magalhães, filho de Josué Magalhães, em São Paulo (Crédito da foto: arquivo pessoal).

A Torre de Magalhães é também um projeto de resistência e identidade: valoriza produtos regionais frescos, frutos da estação, ingredientes de pequenos produtores e da agricultura familiar, uma ligação que o chef mantém desde a infância, quando seu pai era um dos maiores fornecedores de hortifruti de Belém.

Além da loja virtual e da presença no iFood prevista para o segundo semestre de 2025, Josué planeja inaugurar uma loja física em parceria com a doceria Manas Cofer, da qual sua esposa é uma das proprietárias. O futuro, segundo ele, é feito de parcerias, amor à profissão e muito respeito ao alimento.

Crédito da foto: arquivo pessoal.

“A gastronomia é vida”, afirma Josué, que hoje faz parte da Associação dos Embaixadores Gourmet do Brasil e da Ordem dos Chefes do Brasil. Seu conselho para jovens cozinheiros resume bem sua trajetória: “Nunca desistam dos seus sonhos. Respeitem o alimento, o cliente e estudem sempre. A gastronomia é linda, mas exige dedicação total.”

Para conhecer mais sobre seu trabalho, siga no Instagram: @torre_de_magalhaes.