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Foto do escritorMárcio André Calil

A conservação de nossa identidade cultural alimentar

trás a necessidade constante do diálogo entre a gastronomia amazônica, a cultura alimentar e sua soberania.


À compreensão de que a Gastronomia, enquanto uma ciência interdisciplinar que estabelece diálogos, abarca a noção de que os saberes gastronômicos e seus produtos, traduzidos em comida, são parte integrante da cultura alimentar de um povo, grupo ou comunidade, e de que sua transformação em patrimônio cultural, como é o caso da gastronomia Amazônica, compreende contextos sociais, econômicos e políticos.


O dialogar, no âmbito acadêmico, com a Educação Alimentar e Nutricional em todas as suas vertentes trás uma promissora perspectiva de resgate e conservação da nossa cultura alimentar amazônica na medida em que auxilia e salvaguarda as manifestações culturais alimentares mediante pesquisas e práticas interdisciplinares que dialogam com os saberes e conhecimentos ditos populares ou tradicionais, reivindicando modos de produção e consumo sustentáveis que respeitem a biodiversidade sociocultural, até a emancipação alimentar dos indivíduos, expressa na liberdade de escolhas éticas e conscientes do que produzir, adquirir e consumir.


Esse diálogo entre a academia e os costumes alimentares popular mais do que nunca se faz necessário diante dos modismos consumistas que atingem em cheio nossa cultura alimentar em nome de uma dita “evolução cultural” travestidas em termos como releitura, desconstrução, gourmetização, entre outras desfigura e transforma nossa cultura alimentar em uma gororoba de péssimo gosto tais como: maniçoba vegana, variçoba, tacacaranguejo. Maniçoba é feita com folhas e carnes variadas, vatapá é uma comida, maniçoba é outra comida, ambas são diferentes, tacacá leva camarão em sua feitura, não caranguejo.


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